Osusp retorna ao Anfiteatro Camargo Guarnieri e anuncia programação

A Orquestra Sinfônica da USP volta esta semana ao Anfiteatro Camargo Guarnieri para dar início à programação do segundo semestre. Ainda sem público, o grupo vai gravar concertos com diferentes formações – o objetivo é, no final do ano, com o avanço da vacinação, ter a orquestra completa no palco. 

“A Osusp ficou muito tempo distante do Anfiteatro Camargo Guarnieri, sua sede, que passou por uma longa e complicada reforma. Feita a mudança, fomos surpreendidos pela pandemia, o que, entre outras coisas, nos deixou frustrados por não ocupar a casa da orquestra”, afirma o diretor artístico Fábio Cury. “Diante das restrições pandêmicas, a orquestra adaptou-se para mostrar um repertório camerístico que coloca em evidência o talento e a excelência de nossos instrumentistas. Contudo, depois de quase um ano e meio longe dos palcos, e com a progressiva vacinação, a orquestra se propôs a voltar.”

O objetivo, segundo Cury, é realizar uma programação com “obras do repertório canônico que se mesclam com novidades, o que tem sido uma marca registrada do grupo nas últimas temporadas”. “Isso vai nos aquecendo para receber o público presencialmente assim que for possível.” As apresentações serão gravadas e transmitidas em seguida pela internet, com participação dos artistas envolvidos. 

Durante esta semana, acontece a primeira gravação do segundo semestre, com a maestrina Natalia Larangeira regendo a Osusp na interpretação do Concerto para viola e orquestra de cordas de Radamés Gnatalli, com solos do violista Iberê Carvalho.

Entre os destaques da temporada estão a série integral dos Concertos de Brandemburgo, combinados a seis cantatas do autor, incorporadas às obras por Bruce Haynes; estreias de peças de Paulo C. e Chagas e Gabriel Levy, “convidados a realizar obras em que a intertextualidade artística esteja presente, fazendo uso da tecnologia para a performance musical birrelacional em tempo real, utilizando-se também das artes visuais para a criação e uma obra artística audiovisual”; apresentação com regência de Alba Bomfim, com o Concerto para flauta e orquestra, de Renan Mendes; e obras como o Concerto Grosso, de Alfred Schnittke, para cravo e piano preparado, e a estreia brasileira de Variations for guitar and orchestra, de John Corigliano.

A Osusp também vai participar do projeto especial 3vezes22, criado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP para marcar o centenário da Semana de Arte Moderna. Para tanto, vai registrar obras coloniais brasileiras e composições que representam o modernismo musical, como Prélude à l’après-midi d’un Faune, de Claude Debussy, e A história do soldado, de Igor Stravinsky. O grupo também encomendou obra ao compositor Arrigo Barnabé. 

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