Morre o violonista e luthier Sérgio Abreu aos 74 anos

Um dos mais importantes artistas de nosso tempo, Sérgio Abreu estava internado desde o fim do ano passado

Morreu nesta quinta-feira, dia 19 de janeiro, no Rio de Janeiro, o violonista e luthier Sérgio Abreu. Ele tinha 74 anos e estava internado com problemas pulmonares desde o fim do ano passado.

Sérgio Abreu nasceu no Rio de Janeiro, em 1948, dentro de uma família musical: seu avô e seu pai eram violonistas, e a mãe uma musicista amadora. Mas foi a professora Monina Tavaro que, conforme o próprio Sérgio, teve o papel mais importante em sua formação musical. Em um texto publicado no Acervo Violão Brasileiro, Sérgio Abreu afirma: “Convivi com ela desde quando eu tinha 12 anos de idade e posso dizer, sem nenhuma dúvida ou exagero, que sem ela eu não teria tido a carreira que tive, nem como músico, nem como luthier”. 

No início dos anos 1960, Sérgio formou junto com o seu irmão mais novo, Eduardo, o Duo Abreu, que realizou brilhante trajetória artística, apresentando-se na Europa, na Austrália e nos Estados Unidos. O duo se desfez em 1975, quando Eduardo parou de tocar. O Duo Abreu gravou três históricos discos pelo selo internacional CBS. Depois, Sérgio Abreu ainda registrou um elogiado LP solo com obras de Paganini e Sor, e um com a soprano Maria Lucia Godoy.

Sérgio ainda seguiu uma igualmente brilhante carreira solo até 1981, quando também deixou as apresentações públicas para se dedicar ao ofício de luthier. Seus instrumentos foram construídos tendo como modelo um violão de 1930 do fabricante alemão Hermann Hauser. Sérgio também marcou o seu nome na história da luteria, como construtor perfeccionista de requisitados instrumentos.

Nas redes sociais, amigos e admiradores lamentam a perda de um dos mais brilhantes artistas de nosso tempo, que divulgou e promoveu a arte do violão no Brasil e no mundo.