Crítica europeia elogia apresentações da turnê da Osesp

por Redação CONCERTO 26/08/2024

A Osesp encerrou no final de semana a turnê europeia com a qual celebrou seus 70 anos e recebeu elogios da crítica especializada. Sob regência de Thierry Fischer, o grupo passou por Santander, na Espanha; Edimburgo, na Escócia; Amsterdã, na Holanda; e Wiesbaden e Berlim, na Alemanha.

O jornal The Guardian comentou a apresentação no Festival de Edimburgo, realizada no dia 19. O jornalista Keith Bruce chamou atenção para o modo como Fischer e a orquestra garantiram que, mesmo na imensidão sonora da Sinfonia alpina, de Strauss, “todos os detalhes estivessem lá, com boas vozes solistas”. Ele destacou ainda a participação, ao órgão, da pianista Cecilia Moita. 

A crítica também trouxe elogios para a interpretação do Concerto para violino de Alberto Ginastera, com solo de Roman Simovic. “Igualmente executada com segurança, a obra exige, muitas vezes, execução mais silenciosa possível por parte dos músicos, bem como conjuntos discretos dentro da orquestra. Performance equilibrada, em música que está a um mundo de distância do Strauss de meio século antes.”

A apresentação realizada no dia 24 na Philharmonie de Berlim foi tema de artigo de  Frederik Hanssen no Tagesspiegel. “Sob a direção de seu maestro titular Thierry Fischer, os sul-americanos fazem música com extremo foco desde o primeiro compasso, e o auditório escuta sem respirar”, escreveu ele sobre a interpretação de Central Park in the Dark, de Charles Ives. 

“O som cristalino de Simovic e o som refinado e brilhante dos convidados paulistas também ajudam a nos envolver na linguagem sonora abstrato-atonal de Ginastera”, continuou, sobre a leitura do concerto para violino do compositor argentino.

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Simovic, Fischer e Osesp durante concerto na Philharmonie de Berlim [Divulgação/Osesp]
Simovic, Fischer e Osesp durante concerto na Philharmonie de Berlim [Divulgação/Osesp]

 

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Comentários

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Wow. If it depended on the criticism of Osesp, it probably wouldn't be where it is, but thankfully, its talent and resilient work over the years have opened stages around the world. Or, to paraphrase Maestro Eleazar, who conducted around the world, "we are here because this is our place."

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