Filarmônica de Minas Gerais apresenta oratório 'Elias', de Mendelssohn

por Redação CONCERTO 23/06/2022

O oratório Elias, de Mendelssohn, será apresentado nesta quinta-feira, dia 23, e na sexta, dia 24, pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Os concertos estão entre os principais destaques do ano do grupo, e contarão com a regência do diretor artístico Fabio Mechetti. 

O time de solistas é formado pelas sopranos Marly Montoni e Nívea Freitas, a contralto Kismara Pezzati, o tenor Daniel Umbelino e o baixo-barítono Licio Bruno. Participa ainda o Coral Lírico de Minas Gerais.

Elias está calcado na tradição barroca pela qual Mendelssohn tanto se interessava. “A peça juntou-se à tradição do oratório formando um triunvirato junto a obras muito admiradas por Mendelssohn: O messias de Händel e A criação de Haydn”, escreve Camila Fresca na edição de junho da Revista CONCERTO.
 
Para o maestro Fabio Mechetti, “entre as centenas de obras escritas por Mendelssohn em sua curta vida, o Elias se destaca como uma de suas verdadeiras obras-primas”. “Nela, Mendelssohn aplica o rigor da escrita pós-clássica a um tema bíblico, dando-lhe também um sentido dramático, às vezes até operístico, que faz com que esse magnífico oratório seja considerado um dos mais marcantes já escritos”, diz.

“A escrita coral é desafiadora e, ao mesmo tempo, exemplar, oferecendo ao coro um papel extremamente importante na efetividade da obra. Os solistas têm também papel diferenciado, ora como um típico quarteto contrastante, ora como personagens dentro de uma narrativa que utiliza elementos do Velho Testamento. Mendelssohn consegue, neste oratório, escrever algumas de suas melodias mais pungentes, assim como seções corais dignas dos mestres do Barroco, quando o gênero foi desenvolvido e aperfeiçoado”. 

Ainda segundo Mechetti, “a relevância da obra nos dias de hoje vai além de sua perfeição estética”. “Àqueles que são mais religiosos, ela relembra a potência da devoção e da fé na força divina. A todos os outros, ela traz à tona a eterna questão da manipulação do povo por ídolos suspeitos, assim como a disseminação e crença em falsidades quando a verdade é clara e absoluta.”

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[Reprodução/FacebookFilarmonicadeMinasGerais]
[Reprodução/FacebookFilarmonicadeMinasGerais]

 

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