O Teatro de Santa Isabel abriga, até o dia 24 de agosto, o I Festival de Ópera de Pernambuco. A estreia do evento foi no último dia 9, com uma produção da ópera Leonor, de Euclides Fonseca, considerada a primeira ópera pernambucana. E a programação segue, nos dias 15, 16 e 17, com Carmen, de Bizet, e, nos dias 22, 23 e 24, com I Pagliacci, de Leoncavallo.
A direção artística do festival é do maestro Wendel Kettle, diretor musical e regente titular da Sinfonietta Universidade Federal de Pernambuco e da Academia de Ópera e Repertório. Formado na Rússia, ele tem desenvolvido nos últimos anos em Recife importante trabalho de formação e difusão centrado no repertório lírico.
“Esse é o primeiro evento dessa dimensão na região nordeste, que mostra a força da atuação desses dois projetos, a Sinfonietta UFPE e a Academia de Ópera e Repertório”, diz ele, em entrevista ao Site CONCERTO. “Nossa expectativa é que o festival possa ter continuidade e se solidificar como um dos principais eventos do gênero no país.”
Segundo Kettle, Leonor, composta em 1883, é a primeira ópera composta em Pernambuco. Uma nova edição da partitura foi estreada em março pelos grupos agora envolvidos no festival. “Abrir o evento com ela obviamente tem um significado muito importante para nós. Assim como fazer títulos como Carmen e Pagliacci demonstram a força e a potencialidade dos nossos cantores. São todas obras que exigem grande desenvolvimento lírico”, completa.
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