Teatros e orquestras voltam a interromper atividades na Europa

A nova onda de contaminações pelo coronavírus Covid-19 levou países europeus a rever a abertura de salas de concertos e teatros de ópera.

Na quinta-feira, o governo holandês determinou regras mais severas de isolamento, ocasionando o fechamento das instituições por um período de quatro semanas. 

Em comunicado oficial, o Concertgebouw de Amsterdã informou ter cancelado todos os concertos até o dia 5 de novembro. A Filarmônica de Roterdã também suspendeu apresentações, assim como a Ópera Nacional da Holanda, que só deve manter compromissos em que o público não terá mais do que trinta pessoas.

Na França, representantes de organizações musicais estão em conversas com o Ministério da Cultura para discutir as consequências do toque de recolher colocado pelo governo, entre nove da noite e seis da manhã, em algumas das principais cidades do país.

“Em toda a França, equipes estão novamente tendo que repensar suas programações. Mas não podemos evitar a sensação conflituosa. Ficamos divididos entre o desejo de abrir a todo custo e a sensação de desencorajamento perante as dificuldades atuais”, disse à revista Diapason Loïc Lachenal, presidente de Forces Musicales, união que reúne empregadores de teatros de óperas e orquestras francesas.

Nos Estados Unidos, a Filarmônica de Nova York decidiu cancelar todos os concertos da temporada 2020/2021. “É devastador, mas sabemos que não há outra maneira”, disse a presidente da orquestra, Deborah Borda, em um comunicado, segundo o qual o retorno não deve acontecer antes de setembro de 2021. O Metropolitan Opera House de Nova York também já havia decidido retomar atividades apenas no segundo semestre do próximo ano.

Já a Sinfônica de Chicago anunciou o cancelamento dos concertos previstos até abril do próximo ano. “A decisão se deu após a revisão das condições atuais e das restrições relacionadas à pandemia. A orquestra continua a explorar a possibilidade de remarcar programas afetados e está revendo planos de apresentar performances ao vivo em menor escola, com plateia reduzida”, diz o comunicado da orquestra. 

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