Editorial

Prezadas leitoras, prezados leitores,

Nesta edição da Revista CONCERTO apresentamos as novas temporadas da Osesp, da Filarmônica de Minas Gerais e da Cultura Artística, todas com um denominador comum: Beethoven! O grande mestre alemão, que refletiu em sua arte a revolução que o mundo atravessou na passagem do século XVIII para o século XIX – e que estabeleceu algumas das balizas da atividade musical que perduram até hoje –, completa 250 anos de nascimento em 2020. E, como não poderia deixar de ser, aqui como no mundo todo, será lembrado, interpretado e reavaliado. 

A Osesp preparou “uma das mais interessantes temporadas dos últimos anos, tanto em repertório quanto pela presença de artistas celebrados, com uma agenda que contempla não apenas a produção sinfônica de Beethoven, mas também sua música de câmara”, escreve o editor executivo João Luiz Sampaio. De fato, dentro de uma rica e diversificada temporada, a Sala São Paulo receberá grandes convidados e será palco para a integral das sinfonias, dos concertos para piano, das sonatas para piano e das sonatas para violoncelo do compositor.

Beethoven também inspira a temporada da Filarmônica de Minas Gerais. A jornalista Camila Fresca conversou com Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular da orquestra, e reporta sobre as perspectivas e sobre programação de 2020, que terá, em um de seus destaques, a execução da ópera Fidelio, de Beethoven. Já a temporada internacional da Cultura Artística, que em atrações avulsas também homenageia o compositor alemão, mantém o alto nível de sua série, que abrange de recitais solo a orquestras sinfônicas, com artistas como Daniil Trifonov e Khatia Buniatishvili.

A entrevista do mês é com o maestro Ira Levin, que, como antecipado na edição anterior da Revista CONCERTO, é o novo diretor musical e regente titular do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Levin, que já foi diretor do Municipal paulistano, da Sinfônica de Brasília e principal regente convidado do Teatro Colón de Buenos Aires – e que já realizou mais de 1.200 performances de noventa títulos operísticos diferentes –, contou sobre seus planos e o grande desafio de recuperar o protagonismo do mais tradicional palco lírico nacional, conforme escreve Irineu Franco Perpetuo. Este mês, Levin rege a Orquestra Jovem do Estado na Sala São Paulo. 

O dinâmico Ópera na Tela, festival que faz exibições em telão de grandes montagens líricas internacionais, anuncia, além da já festejada realização no Parque Lage no Rio de Janeiro, sua primeira edição paulistana, que acontecerá no Museu da Casa Brasileira. Luciana Medeiros conversou com os idealizadores do projeto e com alguns artistas brasileiros e escreve sobre o evento, sobre ópera e cinema e sobre educação. 

Outros destaques da temporada são a espetacular mezzo soprano Joyce DiDonato, que faz apresentações em São Paulo e no Rio de Janeiro – DiDonato falou à Revista CONCERTO sobre seu interessante recital “Na guerra e na paz: harmonia por meio da música” (página 24); a também mezzo Eva Zaïcik, vencedora do Concurso Rainha Elisabeth de 2018 (página 56); e a ópera Orphée, de Philip Glass, que tem estreia latino-americana no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (página 20). 

Leia ainda os artigos dos colunistas João Marcos Coelho, que, tendo em vista a apresentação de obras do compositor Huang Ruo pela Osesp, relata sobre a música na China (página 28), Jorge Coli (sobre o gênio Villa-Lobos, página 18) e Júlio Medaglia, que relembra Duke Ellington nos 120 anos de seu nascimento (página 16).

Consulte o Roteiro Musical ilustrado da Revista CONCERTO e acompanhe a temporada clássica de sua cidade. Desbrave com a gente o maravilhoso mundo da música!

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