Hélène Grimaud vai de Bach a Brahms em recitais

A pianista Hélène Grimaud faz dois recitais, nos dias 27 e 28, no Teatro Cultura Artística. Conhecida pela sensibilidade e musicalidade, tanto na hora de tocar quanto de montar seus programas, ela vai abrir as apresentações com a Sonata nº 30, de Beethoven. Em seguida, duas obras marcantes de Brahms: Três intermezzos op. 117 e as Fantasias op. 116. Por fim, uma transcrição da Chacona da Partita nº 2 de Bach.

Grimaud tem apresentado este programa ao longo da última temporada e, em passagem pelos Estados Unidos, falou ao site da Orquestra Sinfônica de Chicago sobre as peças.

“O que eu realmente amo na sonata de Beethoven é que ela estabelece uma relação livre e original com a forma sonata tradicional. No terceiro movimento, há uma série de variações que interpretam o tema de uma forma realmente múltipla”, disse.

Para a pianista, o movimento estabelece uma relação com a Chacona de Bach transcrita por Busoni, “com mais de 60 variações de um tema, uma metamorfose sem fim”.

Sobre as peças de Brahms, ela diz que são “música pura, quase como um fluxo de consciência, mas de enorme concentração, como suas obras maiores”. “São, por isso mesmo, muito intensas, poéticas. Há nelas sempre um momento em que o tempo para. É uma experiência hipnótica tocá-las e também para o ouvinte. É realmente uma jornada intensa e muito emocional.”

Violão
Na série Concertos Matinais, o Teatro Cultura Artística apresenta, no domingo, os violonistas Gabriele Leite e Eduardo Gutterres. Eles vão interpretar obras de Marco Pereira, Gnattali, Tom Jobim, Sergio Assad, Paulo Bellinati e do próprio Gutterres.

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